Como Trabalhar Legalmente   nos EUA Como Estudante

Muitos brasileiros que estudam nos Estados Unidos tem duvidas sobre como arranjar trabalho para ajudar com as despesas. Com o dólar ficando cada vez mais caro, essa procura tem ficado ainda mais urgente. Os EUA são bem rigorosos em relação as regras de imigração, impossibilitando estudantes internacionais de exercer funções fora do campus sem a permissão necessária. Porém, não deixe que isso estrague a sua experiência nos EUA, existem maneiras em que estudantes possam conseguir renda extra.

O Curricular Practical Training (CPT) ou Optional Practical Training (OPT) são as opções mais conhecidas para quem quer trabalhar off campus, porém existe uma alternativa em que estudantes internacionais podem aplicar para uma ‘work permit’ , que seria uma Autorização para trabalhar.

Primeiro, vamos esclarecer como funcionam os métodos mais conhecidos.

Curricular Practical Training (CPT)

O programa do CPT é um treinamento prático, mais conhecido como um estágio, em que o estudante pode receber salário e que faz parte da grade curricular da faculdade. As regras e detalhes desse programa incluem:

  • O treinamento PRECISA ser relacionado diretamente com área de estudo do estudante.
  • Deve ser autorizada pelo Designated School official (DSO) e constar no seu I-20 (documento que mostra a qualificação do estudante para obter o visto de estudante F-1).
  • Ocorre antes da data de vencimento do seu I-20
  • A autorização é dada para um empregador específico e por um certo período de tempo.
  • O estudante deve assegurar o estágio antes de conseguir a autorização do CPT e só pode começar a trabalhar depois após a autorização.
  • O estudante pode ter mais de uma autorização de CPT ao mesmo tempo.
  • Um ano trabalhando integralmente com o CPT elimina a possibilidade de obter um OPT.

Optional Practical Training (OPT)

Assim como o CPT, o OPT também é um treinamento prático que deve ser diretamente relacionado com a área de estudo do estudante, porém este treinamento é opcional. Além disso, é possível aplicar para o OPT tanto no bacharelado quanto no mestrado. As regras e detalhes desse programa incluem:

  • OPT é autorizado pelo U.S. Citizenship and Immigration Service (USCIS), que é o departamento de imigração do governo, e o estudante recebe o Employment Authorization Document (EAD) – Documento de Autorização de Trabalho.
  • O estudante pode trabalhar para qualquer empregador, contanto que seja relacionado com a área de trabalho dele/dela.
  • Pode ocorrer antes ou depois da data de vencimento do I-20
  • O estudante está elegível para um período adicional de 12 meses uma vez que alcance um nível de estudo maior (Ex. mestrado).

Employment Authorization Due to Economic Hardship

Estudantes também podem aplicar para o work permit- Autorização de trabalho – alegando circunstâncias externas e imprevisíveis que sobrevieram após aquisição do I-20. Exemplos dessas circunstâncias incluem: perda de ajuda financeira ou do trabalho no campus sem que o estudante seja responsável, flutuações significativas na taxa de câmbio ou no valor da moeda do país de origem, mudança drástica inesperada na condição financeira do responsável pelo estudante e/ou despesas médicas inesperadas.

O estudante deve mandar uma série de documentos para USCIS (United States Citizenship and Immigration Services) comprovando a necessidade da Autorização de Trabalho. Todos os documentos necessários podem ser achados aqui. A aplicação pode demorar 3 meses para ser processada e custa $410. Para fazer a aplicação, que é válida por um ano, com sucesso o estudante deve:

  • Estar com o F-1 (visto de estudante) valido por pelo menos 1 ano acadêmico.
  • Estar com boas notas e estudando integralmente.
  • Provar que as oportunidades de trabalho no campus estão indisponíveis ou são insuficientes.
  • Provar que a autorização não vai interferir nos estudos.

Essa opção é especialmente viável para brasileiros devido ás condições caóticas do nosso país. No meu caso, eu apliquei para pegar essa autorização alegando o aumento na cotação do dólar (que estava em R$3,85 comparado aos R$2,95 de quando eu comecei meus estudo nos EUA), a aposentadoria da minha mãe e a perda da minha bolsa quando eu transferi para uma nova escola.

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